segunda-feira, 16 de novembro de 2015


A fatalidade do não

A palavra de que eu gosto mais é não. Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não.

não é a única coisa efetivamente transformadora, que nega o status quo.

Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade.

É o momento em que é necessário dizer não. A fatalidade do não - ou a nossa própria fatalidade - é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim.


José Saramago,
que nasceu em Portugal,
no dia 16 de novembro de 1922

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CONSERVATÓRIO
Lorena

Um Espaço de Arte e Cultura

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