segunda-feira, 30 de novembro de 2015




O que não era para ser

Um domingo
igual a outros domingos,
uma manhã idêntica
a tantas outras.

Eu soltando meus pensamentos
como de costume
a tocar as teclas e a fazer versos
para as eternas catarses.
A criar imagens oníricas
para não estar comigo,
com o medo do apego
e do lidar com o que é do coração.

Se tudo é igual,
não é normal  eternizar o que era para ser fugaz,
se tudo se parece
nada se  parece com essa coisa
a me apertar a garganta,
 a me prende o ar
e a sufoca o peito.

Um domingo como tantos outros,
uma manhã como outras manhãs,
uma busca inútil
para me encontrar com os velhos versos
e fugir do que não era para ser.

Jorge Nicoli

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            SOPA DE CEBOLA
Compartilhando inteligência



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