O que não era para ser
Um domingo
igual a
outros domingos,
uma manhã
idêntica
a tantas
outras.
Eu soltando
meus pensamentos
como de
costume
a tocar as
teclas e a fazer versos
para as
eternas catarses.
A criar
imagens oníricas
para não
estar comigo,
com o medo
do apego
e do lidar
com o que é do coração.
Se tudo é
igual,
não é
normal eternizar o que era para ser
fugaz,
se tudo se
parece
nada se parece com essa coisa
a me apertar
a garganta,
a me prende o ar
e a sufoca o
peito.
Um domingo
como tantos outros,
uma manhã
como outras manhãs,
uma busca
inútil
para me
encontrar com os velhos versos
e fugir do
que não era para ser.
Jorge Nicoli
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SOPA
DE CEBOLA
Compartilhando inteligência
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