quarta-feira, 11 de novembro de 2015



Um não poema

Minh´alma grita,
meu coração sangra
meu peito clama.

As lágrimas rolam pela minha face,
um choro de impotência,
de fragilidade,
incapaz que sou de mudar as coisas
coisas que se apoderam dos corações e mentes
dos infelizes
que não conseguem ver além de seus próprios umbigos,
que não abrem seus ouvidos
para ouvir o razoável,
que fecham os olhos e abrem suas bocas apodrecidas
para proferirem insanidades,
que entorpecem as suas mentes
e livram as mãos para produzirem desvarios.

Figuras patéticas
tremulando bandeiras fascistas,
pregando o ódio,
estimulando preconceitos e racismos,
imbecilizadas,
vociferam contra negros, pobres e nordestinos.

Estúpidos,
fazem da estupidez seu refrão mais poderoso.

Impotente,
mas munido da coragem dos estóicos,
continuo a gritar
contra esta horda de fanáticos fundamentalistas
e vou gritar até que Mamãe Oxum
me convide para lhe fazer companhia.

Jorge Nicoli

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TEATRO
O ENSAIO N. 2
Casa da Cultura
Hoje, 19:30 h


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