sexta-feira, 27 de novembro de 2015




Tropicália

Sob o sol que pinta o infinito de dourado
corro para seus abraços
e faço desenhos com o giz.
O vento assovia versos de amor,
a espaçonave navega no espaço aberto.

O cristo liberto da cruz corre pelado
pela chuva para lavar as feridas.
A moça que me abraça me seduz
e eu navego no mel dos seus olhos.

Na anacrônica vitrola roda a voz de Gil
cantando  as coisas da América,
o jornal fala das coisas corriqueiras
e o garoto faz suas brincadeiras
com as pedras e os sonhos.
A mulata vestida de azul e amarelo
gasta sua sandália de prata para gringo aplaudir.
Nos céus a bomba explode
e inunda a cidade com as cores verde e branca.

La na rua a vida que passa,
aqui dentro me aninho no seu sorriso
e adormeço nos seus abraços.

Jorge Nicoli

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SOPA DE CEBOLA

Compartilhando inteligência



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