domingo, 10 de maio de 2015



A fonte secou *
Não sei como, nem quando, mas há um bom tempo que estancou  o rio que abastecia minha inspiração. Secou  o leito por onde  passavam as límpidas águas que refletiam  meus versos.. Não deixei de me apaixonar, nem me perdi das minhas eternas musas, inspiradoras  de minha poesia.  Meus olhos ainda brilham quando olho para seus olhos, meu coração ainda dispara quando te vejo, meus ouvidos se agitam  ainda a ouvir  sua voz, minha retina ainda retém sua doce imagem.  Elementos  indispensáveis  para alimentarem minha verve poética,  para me deixarem apaixonado, porém o terreno está tórrido, como a paisagem de um sertão. Uma caatinga se formou em minh´alma e a sede de inspiração  me consome como a um viajante incauto perdido no deserto.  O rio secou.  Imagino que alguma fada enciumada tenha construído um dique, represando a fonte de minha  inspiração.
                              (*  Marcleo, Túlio Lauar e Monsueto)
Jorge Nicoli

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Comary
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Sopa de Cebola

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