Racismo, de novo
No dia 13 escrevi um texto sobre a
tal libertação dos escravos no Brasil, em que dizia que acabou a escravidão mas
não a segregação. Aí deparo com a notícia de que duas negras e cotistas de uma
Universidade de Pelotas foram vítimas da violência racista, então resolvi voltar
ao assunto.
O negro continua segregado neste
País, continua sendo tratado como raça inferior, continua sendo vítima do
preconceito e do racismo. Há uma boa intenção do atual governo de fazer a
inclusão do negro na sociedade, permitir que freqüente as Universidades, só que
não se consegue inclusão somente com decretos. É preciso muito mais. É preciso
punir com rigor os agressores, criar matéria no ensino básico sobre convivência
social, contar para as crianças a história do negro sob a ótica do negro, ensinar que a alma não tem
cor, desmistificar a heroína Isabel e, sobretudo, mostrar a participação do
negro na construção deste País. Não sei se é a solução, mas pode ser um primeiro
passo para arrancar esta mancha de nossa bandeira.
Jorge Nicoli
O branco mais negro deste Brasil,
afilhado de Ogum e protegido por Xangô
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Sopa de Cebola
na luta pela igualdade
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