Divagação
sobre Jesu
Falar de Jesus Cristo será fácil se eu optar
por falar apenas no aspecto religioso, um homem que teria morrido para
salvar a humanidade. Filho único de Deus, que foi concebido sem pecado, morto
dois dias antes da Páscoa e que ressuscitou no terceiro dia para subir aos céus. ''Agora
se resolver discutir algumas questões sobre à luz da razão fatalmente haverá
críticas, principalmente dos religiosos mais fanáticos, que querem ver Jesus
apenas pelos olhos da fé. Que é normal, pois o que move a religião é a fé.
Mas calma, não pretendo entrar em grandes polêmicas, até porque me falta um conhecimento mais profundo do assunto. Mesmo assim vou me
arriscar a falar da sexta feira que teria ocorrido a morte de Jesus, ou
melhor, começar uns dias antes quando Ele é levado à presença de Pilatos
e este, político como era, resolveu entregar à decisão aos judeus. A parte
conhecida da história, a escolha entre
Barrabás e o Filho de Deus. Era comum na época, por ocasião da proximidade da
Páscoa soltar um preso. O povo optou por Barrabás, o que me parece estranho. Se
foi o povo, o escolhido não seria Jesus? Segundo a Bíblia. Ele levava multidão
para ouvi-lo. Ou não foi o povo e sim os sacerdotes que fizeram a
escolha? Jesus não era muito querido por esta casta.
Outra coisa a considerar, Barrabás, de fato, não era ladrão nem salteador, era
zelote, um grupo que queria a libertação através da luta armada. Judas também
era um deles e se aproximou de Jesus, para entregá-lo aos romanos, na esperança
que o Unigênito de Deus, quando fosse preso chamasse o povo para se rebelar,
mas a libertação que Ele queria não era deste mundo. Judas fracassou,, assim
como fracassou a rebelião dos zelotes. Foram massacrados pelo exército romano
que deixaram vivos, Barrabás, Dimas e Gestes que, crucificados, serviriam de
exemplos para qualquer outra tentativa de rebelião.
Mel Gibsom um religioso ortodoxo, em seu filme Jesus, faz acusação aos
judeus que seriam os responsáveis pela morte de Cristo. Os judeus, povo ou os
sacerdotes, fizeram o tinham que fazer, escolher um para ser liberto, e
eles nunca consideraram Jesus como o Messias, os romanos cumpriram a lei, pois
a eles pertencia o poder. Crucificaram três homens porque eles perturbavam a
paz, de um modo ou de outro, e o povo –
como sempre – foi um personagem passivo nesta história.
O fato é que Jesus tinha pouca importância para os romanos, para eles somente mais um pregador, o incômodo era dos
sacerdotes, pois Jesus contrariava alguns interesses religiosos , tanto que
Pilatos, para não se indispor com eles, lavou as mãos.
Jesus Cristo foi crucificado e nada mudou, o cristianismo só ganhou força com
Paulo. Mas isso é uma história para outra divagação.
Xangô
Colaborador
do Sopa de Cebola
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Mandala
Parceira do Sopa de Cebola
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Xangô
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