domingo, 1 de novembro de 2015



Estranho dia

Estranha sensação
do dia perdido
do sentir-se inútil
do ter passado por passar
do não chegar.

Sensação estranha
do não ter partido
do não ter caminhado.

Dia da boca amarga
do engolir a poeira do passado
da náusea do estar vivo
do suportar coisas estúpidas
do escrever torto por linhas certas
do procurar setas e rotas.

Dia estranho
do mastigar rimas e cuspir prosaicos poemas
do alinhavar hiatos e desalinhar verbos.

Estranha sensação
do querer viver sem ter nascido.

Jorge Nicoli

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Dia 11 de novembro

Quarta feira, 19:30 h

O ENSAIO N. 2

na Casa da Cultura


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