Uma não Poesia
Hoje não quero falar da tristeza
e não quero versar sobre o melancólico dia.
Agora não vou descrever as horas de agonia
que, às vezes, me assaltam.
Não vou beber o fel
oferecido pelos meus demônios,
nem me enredar nos rodamoinhos
da minha imaginação.
Não quero enfrentar os moinhos
que giram nos meus pesadelos.
Nas entrelinhas não vou alinhavar
as mágoas nem alinhar as angústias
que tantas vezes me sufocam
e nestas estrofes não me deixarei levar pelo pranto
como não me sucumbirei ao cansaço
da minha eterna obsessão pelo que é triste.
Mas não quero fazer versos de paixão
muito menos de amor,
tampouco queria escrever esta poesia.
Jorge Nicoli
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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