Moral Vazia
O que nós chamamos a moral não passa
de um empreendimento desesperado dos nossos semelhantes contra a ordem
universal, que é a luta, a carnificina e o jogo cego de forças contrárias.
Cada época tem a sua moral dominante,
que não resulta nem da religião nem da filosofia, mas do hábito, única força
capaz de reunir os homens num mesmo sentimento, pois tudo o que é sujeito ao
raciocínio divide-os; e a humanidade só subsiste com a condição de não refletir
sobre aquilo que é essencial para a sua existência.
A moral é a ciência dos costumes, e com eles muda. Ela difere de país para país e em nenhum lugar permanece a mesma no espaço de dez anos.
Anatole France
1844/1924
Escritor francês
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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