segunda-feira, 7 de dezembro de 2015



A falácia do homem livre

Cá entre nós, a servidão, de preferência sorridente, é pois inevitável. Mas não o devemos reconhecer.

Quem não pode fugir a ter escravos, não valerá mais que os chame homens livres?

Por princípio, em primeiro lugar, e depois para os não desesperar. É-lhes bem devida esta compensação, não acha?

 Deste modo eles continuarão a sorrir e nós manter-nos-emos de consciência tranquila. Sem o que, seríamos forçados a voltar-nos para nós mesmos, ficaríamos loucos de dor, ou até modestos, tudo é de temer.


Albert Camus, in
1913/1960
Escritor/Novelista/Ensaísta/Compositor/Filósofo  

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Grupo de Teatro
“Sábia Indecisão”

O ENSAIO N. 2

Nesta quarta, dia 9
19:30 h
Casa da Cultura


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