quinta-feira, 31 de dezembro de 2015



Um autor deve intervir o menos possível na elaboração da sua obra

Penso que um autor deve intervir o menos possível na elaboração da sua obra.

Deve procurar ser um amanuense do Espírito ou da Musa (ambas as palavras são sinônimas), e não das suas opiniões, que são o que de mais superficial nele existe.

Assim o entendeu Rudyard Kipling, o mais ilustre dos escritores comprometidos. A um escritor, disse-nos, é-lhe dado inventar uma fábula, não a moralidade dessa fábula.


Jorge Luís Borges,
1899]1986
 Escritor, poeta e ensaísta nascido na Argentina

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Boletim de Arte e Cultura


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