Memórias
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E nossas lembranças passeiam pelos velhos tempos da política local que viu
nascer um fenômeno e quase viu um outro surgir, jovem, eleito vereador com 18
anos, dono de uma oratória brilhante, conquistou a simpatia de jovens e
de alguns mais idosos. Mesmo filiado ao partido da ditadura que assolava o País
conseguia empolgar. Surgiu e, por razões que a própria razão desconhece, ficou
pelo meio do caminho.
Como pelo meio do caminho ficaram dois outros jovens que despontavam como líderes
políticos. Eleitos vereadores com votações expressivas, criaram condições
para se tornarem prefeitos, porém perderam e se perderam nos meandros da
política. Hoje são meros coadjuvantes. Lorena que teve apenas uma
mulher à frente do Executivo e só não teve outra porque naqueles tempos da
nefasta ditadura foi criada a sub-legenda, em que a soma de votos dela
determinava o vencedor. A candidata teve quase o dobro do segundo colocado, mas
perdeu. Não queira explicação.
Política que produziu o candidato das prostitutas e dos ébrios, outros
que entraram calados e saíram mudos, outros tantos verborrágicos. Alguns
folclóricos, outros quase catedráticos, conhecedores dos meandros da casa
de leis. Casa que teve em sua direção, vereadores de alto gabarito e uns nem
tanto.
Enfim, aqueles tempos podem ter sido diferentes em alguns momentos, porém em
outros se parecem em demasia com estes novos tempos da política desta terra de
Arnolfo de Azevedo.
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