quinta-feira, 30 de abril de 2015






Psicanálise e Arte


As criações, obras de arte, são imaginárias satisfações de desejos inconscientes, do mesmo modo que os sonhos, e, tanto como eles, são, no fundo, compromissos, dado que se vêem forçadas a evitar um conflito aberto com as forças de repressão. Todavia, diferem dos conteúdos narcisistas, associais, dos sonhos, na medida em que são destinadas a despertar o inteesse noutras pessoas e são capazes de evocar e satisfazer os mesmos desejos que nelas se encontram inconscientes. À parte isto, fazem uso do prazer perceptivo da beleza formal, aquilo a que chamei um prémio-estímulo. Aquilo que a psicanálise foi capaz de fazer consistiu em captar as relações entre as impressões da vida do artista, as suas experiências causais e as suas obras e, a partir delas, reconstruir a sua constituição e os impulsos que se movem dentro dele. Não se deve julgar que o salaz que procura uma obra de arte se anule pelo conhecimento obtido pela análise. A este respeito é possível que o profano espere acaso demasiado da análise, mas deve advertir-se que ela não esclarece os dois problemas que são, provavelmente, os mais interessantes para ele: não esclarece quanto à natureza dos dotes do artista, nem pode explicar os meios de que o artista se serve para trabalhar a técnica artística. 


Sigmund Freud
nasceu numa cidade do Império Austríaco,, hoje pertence a República Tcheca, em 6 de maio de 1856, foi uma das mais importantes figuras da história da humanidade, por sua inteligência, ousadia e, sobretudo, por sua coragem. Freud não criou a psicologia nem a mente humana, no entanto deu condições  para que ficassem ao alcance do seu entendimento. Faleceu em 1939.

Lucilena Amann
Psicóloga
parceira do
Sopa de Cebola

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