A independência do homem
Mal podemos acreditar no filósofo a
quem tudo deixa indiferente; não acreditamos na tranquilidade do estóico, não
desejamos sequer a impavidez, porque a própria condição humana nos lança na
paixão e no medo, e são as lágrimas e o júbilo que nos permitem conhecer o que
é.
Eis porque somente o impulso
ascendente nos liberta das perturbações anímicas e não é pela supressão que nos
encontramos.
Temos, pois, que nos arriscar a ser
homens e, enquanto homens, fazermos o que pudermos para alcançar a
independência conquistada. Sofreremos então sem queixume, desesperar-nos-emos
sem nos afundarmos, abalados mas nunca completamente derrubados quando
suspensos à íntima independência que em nós se gera.
A filosofia, porém, é a escola dessa
independência, não a sua posse.
Karl Jaspers,
1883/1969
Filósofo e psiquiatra,
Filósofo e psiquiatra,
nascido
na Alemanha
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SOPA
DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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