domingo, 7 de fevereiro de 2016



Esforçamo-nos mais por evitar sofrimento
do que procurar o prazer

Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é.

E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados. Por que é que não nos embriagamos? Por que a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo?

Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.


Sigmund Freud,
1856/1939

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SOPA DE CEBOLA

Boletim de Arte e Cultura 



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