segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016


CINEMA
crítica


O último ato, 2014, dirigido por Barry Levinson, (Rain Man e Bom dia, Vietnã), narra a história de Simon Axler (Al Pacino), um ator em plena decadência – pateticamente, tenta o suicídio saltando do palco – que resolve recriar sua vida. Se isola em sua casa enorme, onde só conhece a parte de baixo. Uma casa que embora seja dele há 14 anos, ele pouco conhece, assim como pouco conhece a si próprio. Se envolve com a jovem, - filha de ex-amigos – lésbica, numa relação estranha e quase surreal. Na realidade, ao se relacionar com uma lésbica é o de não poder se relacionar amorosa e sexualmente com uma mulher. Talvez, por causa da idade, 65 anos, apareça o medo. Ainda existem três  personagens na trama, a ex-namorada da tal jovem que, com operação, se transformou em homem, o psiquiatra, que o atende pelo skyper –  mostrando o desprezo dos americanos pela terapia – e uma paranóica que insiste para que Simon assassine seu marido.  Os monólogos e os diálogos com seu terapeuta são brilhantes e, de tudo, a tragédia humana se misturando com tragédia teatral.  A vida e a arte numa relação trágica. Al Paccino, como de costume, ótimo. Um filme não muito digestivo. A quem veja influência de Woody Alen.

Jorge Nicoli

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