segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016


O progresso contínuo do passado

Não existe matéria mais resistente nem mais substancial (o tempo). Porque a nossa duração não é apenas um instante a seguir ao outro; se fosse, nunca haveria mais nada além do presente - nenhum prolongamento do passado na atualidade, nenhuma evolução, nenhuma duração concreta.

A duração é o progresso contínuo do passado que morde o futuro e vai inchando à medida que avança. E, como o passado cresce sem parar, não há nenhum limite à sua preservação.

A memória não é uma faculdade de arrumar recordações numa gaveta, ou de inscrevê-las num registro.

 Na realidade, o passado preserva-se a si mesmo, automaticamente. Provavelmente acompanha-nos na sua totalidade a cada instante,


Henri Bergson,
1859/1941 
Filósofo e diplomata, nascido na França 
 


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GRUPO  DE  TEATRO
“SÁBIA INDECISÃO”

O  Teatro  como Arte  



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