terça-feira, 9 de fevereiro de 2016



E POR FALAR EM POESIA

Na  contra-mão

Caminho na contra-mão,
mesmo esbarrando
nos que preferem andar obedecendo as regras.

Insisto em abrir as portas,
embora haja os que as prefiram fechadas.

Permaneço com os olhos abertos,
desobedecendo aqueles que  me pedem para cerrá-los.
Não concordo em fechar a boca,
contrariando os que
a querem calada.

Não abro mão do pensar
e me vejo em desacordo com velhas e anacrônicas cartilhas.

De teimoso continuo a lutar
para o desespero dos que preferem a paz.

Vivo me apaixonando
ainda que haja quem viva pregando o amor eterno
e continuo com a mesma fé de antes,
ainda que  muitos sobrevivam desesperançados.

Mesmo que a morte seja sedutora
prefiro viver nos braços da vida.

Jorge Nicoli

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