sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016


Felicidade simplificada

Se quisermos avaliar a situação de uma pessoa pela sua felicidade, deve-se perguntar não por aquilo que a diverte, mas pelo que a aflige.

Quanto mais insignificante for aquilo que, tomado em si mesmo, a aflige, tanto mais ela é feliz, pois é preciso um estado de bem-estar para impressionar-se com bagatelas: na infelicidade, nunca as sentimos.

                Guardemo-nos de erguer a felicidade da nossa vida sobre um amplo fundamento, exigindo muito dessa felicidade: pois, estando apoiada sobre tal base, ela desaba mais facilmente, já que oferece muito mais oportunidades para acidentes, que não tardam em faltar.

Portanto, a esse respeito, ocorre com o edifício da nossa felicidade o oposto do que ocorre com todos os demais, que se apoiam mais firmemente sobre um amplo fundamento.

Reduzir ao máximo as expectativas em relação aos nossos meios, sejam eles quais forem, é, pois, o caminho mais seguro para escaparmos de uma grande infelicidade.


Arthur Schopenhauer,
1788/1860 
Filósofo, nascido na Alenabha
 

==================

OFICINA DE TEATRO

Casa da Cultura

Informações: 3153 1518


Nenhum comentário:

Postar um comentário