Felicidade simplificada
Se
quisermos avaliar a situação de uma pessoa pela sua felicidade, deve-se
perguntar não por aquilo que a diverte, mas pelo que a aflige.
Quanto
mais insignificante for aquilo que, tomado em si mesmo, a aflige, tanto mais
ela é feliz, pois é preciso um estado de bem-estar para impressionar-se com
bagatelas: na infelicidade, nunca as sentimos.
Guardemo-nos de erguer a felicidade da nossa vida sobre um amplo fundamento, exigindo muito dessa felicidade: pois, estando apoiada sobre tal base, ela desaba mais facilmente, já que oferece muito mais oportunidades para acidentes, que não tardam em faltar.
Guardemo-nos de erguer a felicidade da nossa vida sobre um amplo fundamento, exigindo muito dessa felicidade: pois, estando apoiada sobre tal base, ela desaba mais facilmente, já que oferece muito mais oportunidades para acidentes, que não tardam em faltar.
Portanto,
a esse respeito, ocorre com o edifício da nossa felicidade o oposto do que
ocorre com todos os demais, que se apoiam mais firmemente sobre um amplo
fundamento.
Reduzir
ao máximo as expectativas em relação aos nossos meios, sejam eles quais forem,
é, pois, o caminho mais seguro para escaparmos de uma grande infelicidade.
Arthur Schopenhauer,
1788/1860
Filósofo, nascido na Alenabha
Filósofo, nascido na Alenabha
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