A falsa unidade
Nenhum eu, nem
mesmo o mais ingênuo, é uma unidade, antes sim um mundo extremamente
multifacetado, um pequeno céu estrelado, um caos de formas, estádios e
condições, heranças e possibilidades.
O fato de cada um
por si aspirar a considerar este caos uma unidade, e falar do seu eu como se se
tratasse de uma manifestação simples, fixa e solidamente modelada, claramente
delimitada - esse engano, que é inerente a qualquer ser humano (mesmo
superior), parece ser uma necessidade, uma exigência da vida, como a respiração
ou a alimentação.
O erro assenta numa
simples transferência. De corpo, todo o homem é uno; de alma, nunca.
Hermann Hesse,
1877/1962
Escrito, nascido na Alemanha
Escrito, nascido na Alemanha
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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