quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016



O intelecto como exagero

A beleza, a verdadeira beleza, acaba onde a  expressão intelectual começa. O intelecto é já uma forma de exagero e destrói a harmonia de qualquer rosto.

 Assim que nos sentamos a pensar, ficamos só nariz, ou só testa, ou uma coisa horrível do gênero.

Olha para os homens bem sucedidos em qualquer das profissões eruditas. Como são perfeitamente hediondos! A não ser, evidentemente, na Igreja. Mas a verdade é que na Igreja eles não pensam.

 Um bispo continua a dizer aos oitenta anos o que lhe mandaram dizer quando era um rapaz de dezoito e, por conseguinte, parece sempre perfeitamente encantador.

Oscar Wilde,
1854/1900

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SOPA DE CEBOLA

Boletim de Arte e Cultura


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