O intelecto como exagero
A
beleza, a verdadeira beleza, acaba onde a expressão intelectual começa. O intelecto é já
uma forma de exagero e destrói a harmonia de qualquer rosto.
Assim que nos sentamos a pensar, ficamos só
nariz, ou só testa, ou uma coisa horrível do gênero.
Olha
para os homens bem sucedidos em qualquer das profissões eruditas. Como são
perfeitamente hediondos! A não ser, evidentemente, na Igreja. Mas a verdade é
que na Igreja eles não pensam.
Um bispo continua a dizer aos oitenta anos o
que lhe mandaram dizer quando era um rapaz de dezoito e, por conseguinte,
parece sempre perfeitamente encantador.
Oscar Wilde,
Oscar Wilde,
1854/1900
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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