segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016



Preferimos os nossos próprios males

Em todas as situações em que nos coloca a Fortuna, comparamo-nos ao que está acima de nós e olhamos para aqueles que estão melhor que nós.

 Confrontemo-nos com o que está abaixo: não há niguém que seja tão mal-aventurado que não encontre mil exemplos com que se consolar.

É defeito nosso antes encararmos de má vontade o que se acha à nossa frente que de bom grado o que se acha atrás. E, no entanto, como dizia Sólon, se num montão se empilhassem todos os males, não haveria ninguém que não preferisse continuar com os males que tem a chegar, com todos os outros homens, a uma equitativa repartição desse montão de males e a ficar com a sua quota-parte.


Michel de Montaigne,
1533/1592 
Ensaísta e escritor, nascido na França 



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GRUPO  DE TEATRO
“SÁBIA INDECISÃO” 

O teatro como arte 


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