Preferimos os nossos próprios males
Em todas as
situações em que nos coloca a Fortuna, comparamo-nos ao que está acima de nós e
olhamos para aqueles que estão melhor que nós.
Confrontemo-nos com o que está abaixo: não há
niguém que seja tão mal-aventurado que não encontre mil exemplos com que se
consolar.
É defeito nosso
antes encararmos de má vontade o que se acha à nossa frente que de bom grado o
que se acha atrás. E, no entanto, como dizia Sólon, se num montão se
empilhassem todos os males, não haveria ninguém que não preferisse continuar com
os males que tem a chegar, com todos os outros homens, a uma equitativa
repartição desse montão de males e a ficar com a sua quota-parte.
Michel de Montaigne,
1533/1592
Ensaísta e escritor, nascido na França
Ensaísta e escritor, nascido na França
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GRUPO DE TEATRO
“SÁBIA INDECISÃO”
O teatro como arte
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