quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016


A vida real de um pensamento

A vida real de um pensamento dura apenas até ele chegar ao limite das palavras: nesse ponto, ele lapidifica-se, morre, portanto, mas continua indestrutível, tal como os animais e as plantas fósseis dos tempos pré-históricos.

Essa realidade momentânea da sua vida também pode ser comparada ao cristal, no instante da cristalização.
Pois, assim que o nosso pensamento encontra as palavras, ele já não é interno, nem está realmente no âmago da sua essência.

Quando começa a existir para os outros, ele deixa de viver em nós, como o filho que se desliga da mãe ao iniciar a própria existência. Mas diz também o poeta:
Não me confundais com 
contradições! 
Tão logo se fala, já se começa a errar.
 


Arthur Schopenhauer,
1788/1860
Filósofo, nascido na Alemanha

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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura


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