A vida real de um pensamento
A vida real de um pensamento dura
apenas até ele chegar ao limite das palavras: nesse ponto, ele lapidifica-se,
morre, portanto, mas continua indestrutível, tal como os animais e as plantas
fósseis dos tempos pré-históricos.
Essa realidade momentânea da sua vida
também pode ser comparada ao cristal, no instante da cristalização.
Pois, assim que o nosso pensamento encontra as palavras, ele já não é interno, nem está realmente no âmago da sua essência.
Pois, assim que o nosso pensamento encontra as palavras, ele já não é interno, nem está realmente no âmago da sua essência.
Quando começa a existir para os
outros, ele deixa de viver em nós, como o filho que se desliga da mãe ao
iniciar a própria existência. Mas diz também o poeta:
Não me confundais com contradições!
Tão logo se fala, já se começa a errar.
Arthur Schopenhauer,
Não me confundais com contradições!
Tão logo se fala, já se começa a errar.
Arthur Schopenhauer,
1788/1860
Filósofo, nascido na Alemanha
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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